Algumas pessoas têm me perguntado como foi entrevistar o cantor russo Vitas.
A verdade é que eu já estava com as passagens para Moscou em mãos, para apenas uns dias de turista mesmo, e tive um pensamento maluco. "Já pensou se eu encontro o Vitas por lá?", daqueles pensamentos doidos que às vezes a gente tem. Daí me deu um estalo: vou tentar entrar em contato com ele. De repente eu conseguia gravar um vídeo com ele por lá. Ele poderia falar o que ele acha sobre os memes, mandar um alô para as "terras tupiniquins" (essa expressão é muito usada em jornalismo. Tem uma galera que não está sabendo lidar...).
Mandei um e-mail para a produção dele. Eles me passaram outro e-mail. Fui sabatinado quanto a quais seriam minhas intenções com a entrevista. Expliquei. Combinamos que ela seria lançada primeiro na rede social dele (Taingle) e três dias depois estaria em seu Facebook na íntegra.
Vitas ressaltou que não queria gravar a entrevista em vídeo, que teria que ser em russo e que ele gostaria que eu mencionasse sua rede social nas perguntas. Fiquei preocupado com possíveis erros de tradução, mas fizemos assim mesmo: em russo e via WhatsApp. Acabou dando tudo certo.
Ao final, sugeri que ele gravasse um vídeo mandando um abraço para os seus fãs no Brasil. Ele topou e me pediu para gravar um áudio com a pronúncia correta. Fiz um videozinho tutorial e mandei para ele. Na manhã seguinte, ele postou a sua própria versão - sensualizando em seu melhor estilo - e me pediu mais umas traduções do russo para português.
Mandei um rough/rafe (rascunho, carai!) da entrevista para ele, sem fazer polimento. Ele acabou publicando essa versão mesmo. Aqui no blog eu deixei uma versão lustrada e sem arestas.
Tem gente perguntando "como é conversar com um meme no WhatsApp?" - cara... é... é, né? O fato de que ele não dá entrevistas em inglês dificultou um pouco. Não só pela tradução, porque essa a gente se vira com os vários tradutores online disponíveis, mas mais porque não dá pra desmistificar humores, ironias, sentimentos, reações (não por completo) com respostas escritas em ferramenta de comunicação.
Enfim, foi uma experiência interessante. Levamos três dias negociando. A entrevista foi feita em poucos minutos. Queria mais saber mesmo o que ele pensava sobre o fato de ser um meme, o que achava do Brasil e se tinha planos de vir para cá. Cumpri.
P.S.: também tentei entrevistar a sensação do "The Voice Portugal", Tiago Nacarato. A caminho.

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